É normal acordar e sentir-se encarcerado. É entendido a tua agonia em querer que tudo isso passe logo. Mas calma. Faz o seguinte: acorda e não pega o celular. Deixa as notificações pra depois. O WhatsApp pra depois. O Instagram pra depois. Da tua janela, agradece ao dia. Aplaude o espetáculo dos cantos dos passarinhos. Se possível, acompanha eles com assobios. Tudo bem sentir saudades de coisas simples como sair à noite, beber a tua bebida favorita até ficar com o horizonte meio turvo. Ou mesmo dançar o teu ritmo predileto como se não houvesse amanhã. Quiçá abraçar os amigos e poder reunir com eles pra conversar sobre a vida. Mas precisamos manter os pulmões fortes pra eles aguentarem o maravilhoso ar de quando tudo isso passar. Não estamos sozinhos. Estamos com quem mais amamos. E nessa hora, é de maior importância ter a possibilidade de conversa, de choro e de riso com quem mais amamos. Convém ofertar momentos bons e não permitir que a solidão construa muros. É bonito entender que a existência é coletiva. Tua saúde mental não importa mais do que a do teu vizinho que se entristece ao perder o nascimento da neta porque era do grupo de risco. Mas, que mesmo assim, decidiu não ir. A gente entende a tua necessidade de mandar a foto de um cartaz bem grande escrito: eu avisei, no grupo da família. Só que, aonde vais conseguir cartolina e pincéis no meio de uma pandemia? Deixa isso pra lá. Nós entendemos o quanto é ruim passar por tudo isso e não poder pedir forças para Deus na igreja. Nós sabemos da importância da tua fé e seguiremos trabalhando pra que ela chegue a ti. Então, se puderes, fica em casa. O resto a gente faz daqui. @ Santuário de Fátima - Belém/PA
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